25.5.06

A CANÇÃO LENTA

a calma
serenamente, sustenta
ao passo, tranquilo
que fiz...

a perda
no fim, merecedor
resiste, religião
que suporta...

a repulsa
isola, cancela
permite, invasão
que devasta...

lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente
lentamente

26abr06

paulohenriquecyka

17.5.06

... e q país é este?

... os tempos do tacape estão de volta!

... a violência explode nas esquinas e em qualquer jornal isso é a grande manchete!

... e o povo, sempre esquecido, é colocado como prova, e torce para poder ir ganhar o seu sustento e voltar para casa a salvo!

... aonde estamos?

... o caminho é quase o mesmo q outros bárbares trilharam!

... os políticos evocam q a solução está nas mãos do povo! .

.. a polícia está acuada, e não existem meios e mecanismos de C.A.O.S. social chegar a 1 denominador comum!

... precisamos respeitar os bandidos e as impunidades!?

... estamos com os dias contados!

... e pra viver tranquilo, e em paz, logo teremos q pagar por essas regalias!

... enquanto isso, assassinos são julgados e desfrutam das beneces q nossos advogados de defesa arquitetaram durante anos de estudos! .

.. afinal, aonde estamos? .

.. afinal, q país é este?

paulohenriquecyka


8.5.06

A SUA

a lento,

e prova o seu caminho,

se trai e cobra a mão que tão pouco vê

diria a filha: ela não é mais criança

e eu que só queria um pouco de sombra

fui julgado por alguém que não merecia nem o seu próprio perdão

o dia quente e sem nenhum destino

faz com que os olhos estejam tristes

mas um dia ela vai voltar

louca...

louca...

louca...

ela sorriu

e me deixou com coisas que eu nem sempre verei,

trancado neste quarto

paulohenriquecyka

13jan2001


1.5.06

a promessa (3ª parte)

(...continuando, então...)

Escovo os dentes, que mau isso pode ter... Interesso-me pela caixinha do creme dental, colorida e moderna, rostos jovens, felizes e sorridentes (é lógico!!!), vendendo um produto que eles ao certo nunca haviam desconfiado que pararia em minhas mãos... o destino é mesmo sábio, pego a caixa, e faço o que sempre deveria fazer com as outras caixas... destino: material para o lixo reciclado... Cumpri minha cidadania por hoje...

Já posso voltar para a cama! Estufo o peito, com certeza já fui melhor nisso! O relógio insiste em marcar às 13 horas, sou obrigado e concordar com o tempo. Olho pela janela, outra vez, o sol ainda está invencível, quem sabe eu ainda posso mudar tudo isso... Não digo isso a respeito do sol, nem pelo relógio... Pronto, já estava decidido... Já não há mais perdão. Preciso ser rápido, o tempo pode me deixar novamente só. E só sempre estive.

Então, agora seria o momento certo. Colocaria meu risco. Abriria mão da consciência, da liberdade, da confiança, da omissão, e seria outra vez uma pessoa comum, com atitudes comuns, roupas comuns... Quem poderia me deter?

Prometo nunca mais: agir, esquecer, repetir, aliciar, ser proprietário, audaz, coerente, momentâneo, impróprio, imoral, centenário, meticuloso, réu, primeiro, segundo ou terceiro, inconstante, incompleto, inconformado, vermelho, cinza e preto, telespectador, ouvinte, ourives, amarelo, amador, amante, político e sincero, perfeito, prefeito, perpendicular ou circunflexo, tônico, capital ou estrangeiro, redondo ou uníssono, ver, ouvir e dizer... Prometo não cumprir, o que jamais eu não cumpriria... a chave está na porta, o portão aberto, entro no carro, acelero... essa é minha nova campanha... (...quem sabe amanhã tem mais...)