30.5.07

descomplicando roma

Um homem baixo,
Veio em minha direção
E me disse:
“-O amor não tem esperança!”
“-E que esperança teria o amor?”, perguntei.

E ele com a cara mais sóbria do mundo
Me apontou para aquela mulher do lado direito do banco
E eu com a cabeça, praticamente respondi, que não a conheço

E ele, com sua cara de espanto, disse: “-Não!”
E me fez prometer que nunca repetiria as mesmas palavras
E eu com toda certeza falei: “-Impossível!”

“-Não se fazem mais construções como antigamente”, li num livro
“-Nem os homens que quiseram construir mil aviões”
“-Os dias de paz em breve chegarão”
E aonde esconderei meus violões?

E sem mais, ela veio em minha direção, e perguntou: “-Você tem fogo?”
E eu com a cabeça, respondi, que não.
Obrigado não existiu
E ela, com sua beleza matinal, disse: “-Ok!”
E me fez perceber que era a grande chance de usar todas palavras
E eu com certeza que um romance trás, convidei: “-Que tal um café?”
E ela me olhou despercebida, no primeiro sopro de paixão, disse: “-Sim!”

paulohenriquecyka
23fev2007

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